Hoje é muito comum as pessoas se definirem como influenciadores digitais, blogueiros e YouTubers, afinal, quem não quer ter muitos seguidores e quem sabe até ganhar um dinheiro com isso?
Porém agora existe uma onda chamada de blogueirismo low profile. Aqueles blogueiros que já não estão mais interessados tanto em likes e seguidores mas sim em interação com as pessoas.
E para se relacionar com as pessoas esses criadores de conteúdo estão privilegiando os conteúdos que realmente interessam a eles na vida pessoal não tendo mais o compromisso de colocar conteúdo apenas para chamar atenção dos seguidores ou atender a demanda das mídias digitais para poder estar em alta nas visualizações.
O conteúdo desses novos blogueiros agora é selecionado pela qualidade e não mais para obter qualquer outro benefício. Isso significa dizer que os conteúdos podem não ter mais a mesma frequência que tinham antes.
Enquanto alguns estão entrando na corrida para alcançar milhares de seguidores outros que já fizeram as tentativas estão considerando que a qualidade é melhor que a quantidade e estar sempre na crista da onda não é tão bom assim pois não estamos preparados para o sucesso, para a alavanca das redes sociais que pode tornar uma pessoa famosa de um dia para o outro.
O principal problema é manter a frequência de conteúdos e quem faz isso geralmente é quem já se beneficia financeiramente.
E essa tendência low-profile nos diz que a vida nas mídias sociais pode não ser assim tão compensadora e que os momentos na vida de cada pessoa pode gerar mais produtividade em determinado período e outros que exigem esforços reais e não compartilháveis que seria, por exemplo, o processo de luto por um ente querido não postando muita coisa sobre este momento da vida que acaba utilizando nossas energias para lidar com essas emoções de tristeza.
No meu caso, por exemplo, estou low profile faz algum tempo porque me dediquei basicamente a criação da minha filha que agora está com 3 anos e isto continuará por muito tempo. Então, minha energia foi dedicada a vivência em ensino da minha filha não conseguindo criar os conteúdos da forma que desejava e na quantidade deixando de lado o meu protagonismo digamos assim.
Na verdade, é um alívio saber que as pessoas estão se dando conta de que a vida se impõe e é muito mais do que é postado nas redes sociais e nem tudo irá contribuir para as outras pessoas e poderá até ser uma distração ao invés de uma ajuda para elas.
por Caroline Daronch da Silva Ziani
Graduada em Psicologia, Esp. Coaching e Liderança