Com crescimento de 21,92% no faturamento e 19,03% nas vendas, outubro de 2021 foi melhor para o e-commerce brasileiro que outubro de 2020. O levantamento é da Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), que desenvolve o índice MCC-ENET, que acompanha a evolução dos preços do varejo online brasileiro.
Gastão Mattos, responsável pela divisão de varejo online da camara-e.net, diz que as compras online no varejo atingiram, na média de 2021, o maior índice do histórico desde 2018. Em 2020, o índice médio tinha alcançado o valor recorde de 9,6% — em 2019 foi de 5,7% e, em 2018, quando começou a ser medido, de 4,8%. “Já entre janeiro e setembro 2021, atingiu 12%, evidenciando que as compras online vieram para ficar no hábito de consumo do brasileiro”, afirma.
Na comparação regional entre outubro de 2021 e de 2020, a região Norte tem o maior índice de vendas (32,33%), seguida por Nordeste (28,61%), Centro-Oeste (28,50%), Sul (21,99%) e Sudeste (15,03%). Já no acumulado do ano, o Centro-Oeste está na frente (27,78%). Em seguida, vêm Norte (25,98%), Nordeste (22,28%), Sul (19,95%) e Sudeste (4,90%).
A composição do faturamento do mês por região mostra Norte (32,63%) na frente, com Nordeste (31,44%), Centro-Oeste (28,66%), Sul (21,05%) e Sudeste (18,35%) depois. No ano, os resultados têm Centro-Oeste na frente (33,30%), seguido por Sul (29,67%) Nordeste (27,68%) Norte (24,61%) e Sudeste (11,67%).
Em setembro de 2021, o e-commerce representou 12,2% do comércio varejista restrito (que exclui veículos, peças e materiais de construção). Nos últimos 12 meses, a participação foi de 11,5%. A base é a mais recente Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 11 de novembro.
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No trimestre de julho a setembro de 2021, 16,7% dos brasileiros fizeram ao menos uma compra online segundo o MCC-ENET. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE mostram que, em setembro 2021, os itens mais comprados pela internet foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,8%), móveis e eletrodomésticos (27,7%), e tecidos, vestuário e calçados (10,1%).
Em seguida, vêm artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%), e outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,7%). Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%), e livros, jornais, revistas e papelaria (2,3%) foram os menos populares no período.
Fonte: Canaltech
Por Roseli Andrion