Bolsa caiu 0,92% em dia de nervosismo global

Num dia de nervosismo global por causa das tensões entre Rússia e Ucrânia, o dólar ultrapassou R$ 5,50 e a bolsa caiu quase 1%, voltando a ficar abaixo dos 108 mil pontos. As expectativas em torno da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) nesta semana também influenciaram as negociações.

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,503, com alta de R$ 0,048 (+0,88%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, chegando a R$ 5,52 na máxima do dia, por volta das 14h30. O Banco Central (BC) vendeu US$ 500 milhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando a autoridade monetária pretende comprar o dinheiro de volta daqui a alguns meses.

dólar, dinheiro

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 107.937 pontos, com recuo de 0,92%. O indicador não resistiu às pressões externas e fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo. Por volta das 14h, o Ibovespa chegou a cair mais de 2%, mas conseguiu diminuir as perdas perto do fim da sessão.

A possibilidade de conflito militar entre Rússia e Ucrânia fez os investidores internacionais comprarem dólares e títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo. Isso aumentou a cotação da divisa em todo o planeta. Os Estados Unidos e o Reino Unido começaram a retirar funcionários das embaixadas na Ucrânia. Alguns países europeus passaram a desaconselhar viagens não essenciais à região.

Paralelamente, o mercado aguarda o resultado da reunião do Fed, que começou no dia 23 e termina na quarta-feira (26). Os investidores acreditam que o órgão indicará se pretende aumentar os juros básicos da maior economia do planeta a partir de março. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. Desde o início da pandemia de covid-19, os juros básicos nos Estados Unidos estão entre 0% e 0,25% ao ano, no menor nível da história.

*Com informações da Reuters

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* – Brasília

Edição: Juliana Andrade

Fonte

Agência Brasil

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